segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Tudo que começa, mais tarde ou mais cedo…termina.

Iniciei em 17 de Dezembro de 2007 para agora, treze meses depois, terminar.
Primeiro com o blogue intitulado “opinião-tirsense”, deixando-o “cair”, no final do mês de Julho de 2008, após as dez mil visitas.
Incrédulo pelo número de visitantes em tão pouco espaço de tempo (sete meses), resolvi criar um outro denominando-o; “opiniaodovitor”.
Em ambos sempre exprimi minha opinião, sem recurso ou apoio de quem quer que seja, criticando publicamente as formas e métodos da gestão político-social e financeira da autarquia de Santo Tirso, nomeadamente a do presidente por o achar com um défice democrático desnecessário e megalómano na forma como pensa “Santo Tirso”.
Se o blogue intitulado “opinião-tirsense” foi um sucesso ao ser visitado, até então, por mais de dez mil pessoas, o “opiniaodovitor” ultrapassou todas as expectativas com mais de vinte e cinco mil, o que totaliza paras os dois, mais de trinta e cinco mil visitas distribuídas pelos IPs registados, que ultrapassam os cinco mil e seiscentos. O que demonstra que não foi por acaso que os meus Blogues estiveram sempre na vanguarda da listagem dos blogues de Santo Tirso.
Com os IPs registados, nomeadamente o da Câmara Municipal, dos SMAES, do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação entre outros, acrescidos com as reacções (E-mails recebidos) tenho a certeza que o “opiniãodovitor” chegou a todos os cantos do concelho de Santo Tirso.
Sei que tudo foi feito para que eu parasse de escrever, desde as ameaças aos “conselhos” até às “cunhas”, mas nunca o fiz. Entendia que não o devia fazer.
Eu, como cidadão em geral e como tirsense em particular, tenho o direito e o dever de ter opinião e não seria por haver pressões de quem não gosta que os outros tenham opinião, que eu não devesse continuar a opinar.
Houve alturas em que não entendi a razão de tanto burburinho em volta daquilo que escrevia, sendo eu, um cidadão anónimo, sem qualquer voz activa no meio da sociedade tirsense, confundia-me tamanha preocupação, fundamentalmente advinda de quem tem voz e poder.
Mesmo depois de “aconselhado” e no meio de tanto burburinho, nunca deixar de opinar nem tão pouco escondi a minha identidade. Nunca usei pseudónimos e para que não houvesse dúvidas apresentei-me com uma fotografia recente.
Como tudo, um dia teria que findar e isso acontece precisamente com este artigo. Hoje faço a minha despedida em definitivo nesta área nomeadamente nas opiniões, na crítica e nas objecções públicas.
Durante estes trezes meses escrevi de tudo um pouco, foram cinquenta artigos, incluindo este. Publiquei as minhas ideias e pensamentos. Escrevi artigos de opinião, de informação e de desagrado pela forma como Santo Tirso foi e está a ser conduzido político-económica e social. Critiquei a postura do presidente da Câmara por pouco ou nada fazer em protecção aos serviços públicos que aos poucos desapareceram e continuam a desaparecer de Santo Tirso.
Critiquei a Câmara Municipal por não terem capacidade de parar a descaracterização irreversível do concelho.
Critiquei os nossos Edis de gastarem mais na propaganda “clubistica” que nos actos de solidariedade.
Critiquei a imprensa local por se “vender” ao poder local e fechar as portas a todos aqueles que queriam exprimir a sua opinião, fundamentalmente as contrárias às políticas praticadas por Castro Fernandes e seus pares.
Critiquei alguns investimentos por os achar inoportunos quer em tempo quer na localização.
Foram trezes meses “agarrados” ao computador a escrever para transmitir a minha opinião para todos aqueles que a quisessem ler, que pelas estatísticas que tenho associada à “conta” de suporte aos blogues, estes foram os mais visitados de todos os blogues associados a Santo Tirso, ficando à frente de qualquer outro, mesmo daqueles designados por “Câmara Municipal”
Desta forma termino um modelo de prestar um dos mais singelos e puros serviços público, a informação.
Como tudo na vida, o que se inicia um dia terá de acabar.
Termino desejando a todos um bom ano de 2009.
Até sempre.